22.9.11

Por uma vida menos antenada



As vezes tenho muita, muita vontade de voltar 100 anos e viver nos primórdio do século passado... Porque raios eu não poderia estar em 1911? Hein, hein? Conseguiria fazer exatamente as mesmas coisas que faço hoje em dia... Ler (pelo menos os escritores que eu leio seriam atuais), escrever, andar de bike, fazer pic nick no parque, e ter uma vida calma e tranquila sem essa avalanche de informações atuais. Chega, cansei. Tenho vontade as vezes de simplesmente não ficar por dentro, não me atualizar e fechar todas estas malditas abinhas ali de cima.
Porque céus precisamos de tanta informação assim? PorrrrrQuê?
#queroumavidaprovincianaplantandotomates



As vezes eu acho que até o espartilho era menos opressor do que a necessidade de informação que sofremos hoje em dia. Afe!

19.9.11

Há muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante


Ei você de trinta e poucos anos: Os anos 80 foi ou não a melhor década para ser criança ou quê? Semana passada com um post descarado sobre uma parte da minha adolescência me fez pensar em muitas coisas e fui tomada por um ataque saudosista. E vendo hoje um post sobre os filmes em série dos anos 80 acabo de realizar que esta foi a melhor década para ser criança de todos os tempos.
Para começar as mães saíram de casa, decidiram uma década antes que tinham que ter uma carreira e ganhar a vida. Isso deixou uma legião de crianças em casa nos anos 80, livres, sozinhas. Não é de se estranhar que um dos filmes mais divertidos da época era o Esqueceram de mim. Como já não tínhamos aquela vigilância serrada da mãe que fica em casa para criar os filhos, ficar sozinho em casa e "aprontar" tudo o que aquele garoto fazia povoava nosso imaginário com mil ideias.
Para compensar esta ausência, descobriram que dar presentes era uma coisa bacana para compensar a ausência eis então que chovia pogobol, gênius, Atari e depois Mario Bros na nossa horta, sem contar as toneladas de figurinhas para completar os álbuns de toda a espécie.
Sessão da tarde era o augue: todos queriam ter um amigo cientista (ou ter um) e voar no tempo num DeLorean, lutar karatê como o Daniel San, buscar arcas perdidas, ser um guerreiro Jedi ou voar numa bicicleta imaginando o enquadramento da cena passando na frente de uma lua gigante.
Fora é claro colocar uma caixa nas costas e sair por aí caçando fantasmas, ou assustando a irmã mais nova com garras na mão e uma blusa listrada de preto e vermelho.
São tantas, tantas referências bacanas de filmes geniais que me levam a ter certeza de que essa foi a melhor década para ser criança. Uma época em que as sequências de filmes prestavam e não eram só uma desculpa para as produtoras faturarem.
Sem contar que tínhamos acontonamento (alguém sabe por que rais isso se chamava assim) e era super natural passar a tarde brincando com os amigos da rua. A Barbie podia ser magra sem ninguém achar que ela anoréxica e você podia zoar o quatro olhos do colégio e pisar no tênis branquinho do amigo sem ninguém falar que isso é bulliyng. Ovada em tão... imagina o que falariam disso hoje em dia.
O mundo na verdade careteou e está totalmente hipócrita e toda a liberdade que conquistamos em casa na nossa infância esquecida pelos pais mas muito bem lembrada pela indústria do entretenimento parece que foi por água abaixo e estas mesmas pessoas que amavam heróis violentos como Rambo, Robocop e o Exterminador do futuro hoje são um bando de bundas moles. Histórias como os Goonies não vão acontecer com os seus filhos muito menos ainda matar aula como o Ferris Bueller. E o mais triste, triste mesmo é que o primeiro beijo não será mais inocente como no filme Meu primeiro Amor, já que os pais hoje em dia acham super normal uma criança usar maquiagem ou se vestir como uma verdadeira pirigueti mirim.
Acho engraçado isso... Não se pode mais fazer piadas de mau gosto, mas é aceitável uma criança perder a infância e se comportar como um mini adulto e fazer escova para ir ao colégio.


E porque estou escrevendo tudo isso? Será que tenho esperança de que isso mude? Não. Sou totalmente descrente no ser humano padrão. Acho que já está tudo perdido, mas eu tive uma infância sensacional e faço de tudo para que a minha filha tenha uma ainda melhor.
Ela sai descabelada na rua, passa longe de maquiagem, anda descalça, se suja de terra, tinta ou o que for. Sabe o que é um sabre de luz, vai cabular aula, se divertir muito e principalmente ser criança e não ter nenhuma preocupação que não seja pertinente a idade como que sapato combina com esta roupa. Fora mais um monte de outros princípios que não vou listar aqui pois deixariam isso tudo muito maçante.

Os pais normalmente viram adultos chatos que se esqueceram o que era bom quando criança. Eu sofro com uma síndrome de Peter Pan e muita gente da minha geração também, afinal não passamos ilesos por todas estas referências acima, mas coincidentemente as pessoas que têm consciência disso tudo o que estou falando não tem filhos. Será que só os malas procriam? 

The Gates

*por Heloisa A. Collins




Semana passada tomei conhecimento de um projeto que eu simplesmente amei. Ok, eu sei que eh super overdue meu conhecimento sobre The Gates mas antes tarde do que nunca.
O casal de artistas Christo Jeanne-Claude, tinham um projeto. Um sonho. Uma ambicao de completar esse sonho que demorou quase 30 anos para ser concluido.
No ano de 1979, ambos decidiram que queriam colocar "portoes" abertos em todas as vias de pedestres no Central Park, aqui em Nova York.


O projeto no papel


Porem, nao eh tao facil executar uma instalacao de arte que necessita de espaco publico. Depois de muitas reunioes no mesmo ano, o projeto foi negado pelo prefeito da cidade. E assim foi, por muitas gestoes. Muitos "nao" para The Gates.

Ate que em 2005, o profeito Michael Bloomberg deu OK e a tao sonhada instalacao tomou formas reais.
Com uma lista enorme de voluntarios, The Gates tomou as vias do park no inverno de 2005. O resultado voce confere abaixo:


The Gates


O tecido usado permitia a luz passar, nao bloqueando o lindo efeito do sol passando pelos "portoes"

A instalacao ficou no parque por duas semanas, causando reacoes positivas e negativas. Os artistas porem, nao estavam preocupados com a aceitacao do publico e sim na realizacao pessoal de finalmente ver o seu "bebe" nascer. Um bebe de 30 anos!

Alguns fatos interessantes:

---- O casal nao pede suporte financeiro para nenhuma instituicao para a realizacao de seus projetos (eles ja cobriram uma ilha todinha em pink!). Eles nao querem ninguem tendo qualquer tipo de poder sob os projetos. Christo and Jeanne financiam tudo sozinhos.

---- A HBO fez um documentario mostrando a saga que foi para conseguir a aprovacao do projeto durante os anos e logico, o resultado final tambem eh mostrado. O documentario "The Gates" esta disponivel no Netflix. Confiram.

16.9.11

Dormindo com o inimigo: A guerra secreta de Coco Chanel


Com muita pesquisa em entrevistas, coleções privadas e arquivos franceses, ingleses e alemães, o jornalista especialista em política européia Hal Vaughan lança hoje um livro arrebatador que expões ligações da Chanel com a segunda grande guerra. Dormindo com o inimigo, traz, numa trama digna de um thriller de espionagens,  informações sobre a estilista que poucos imaginavam com uma Paris aterrorizada pela guerra de pano de fundo.
Além de revolucionar o próprio tempo a das já conhecidas historias de Coco, o livro nos mostra suas ligações com militares nazistas e tantas outras conexões com a guerra nunca dantes expostas.
Leia abaixo um trecho enquanto estou correndo para a livraria ali da esquina para comprar este e mais alguns livros para o meu estoque dos próximos meses antes de voltar para o meu exílio cultural sub-tropical.





Metamorfose — de Gabrielle a Coco

Gabrielle Chanel, que se tornaria a essência da sofisticação francesa, nasceu num abrigo para pobres em Saumur, no Pays de la Loire, na França, numa tarde abrasadora de agosto de 1883. Ela descendia de uma família de camponeses que moravam nos limites de um bosque de castanheiras nas Cévennes, e foram obrigados pela praga da ferrugem a virar vendedores ambulantes. Gabrielle foi registrada com o sobrenome “Chasnel”. Possivelmente foi um erro do funcionário do cartório ou, mais provável, era essa a antiga grafia do sobrenome da família, alterada mais tarde para soar melhor. (O “s” adicional iria causar um pouco de confusão em documentos posteriores na polícia).
A mãe, Jeanne Devolle, solteira quando Chanel nasceu, e o pai, Albert Chanel, feirante, finalmente se casaram alguns anos depois. Nos doze anos anteriores à morte de Jeanne, o casal e os cinco filhos — três irmãs, Julia-Berthe, Gabrielle e Antoinette; e dois irmãos, Alphonse e Lucien — não tinham residência fixa, hospedando-se em espeluncas miseráveis enquanto Albert levava produtos para os mercados das vilas numa carroça. Quando Jeanne faleceu aos 33 anos, em 1895, Albert pôs os dois filhos para trabalhar numa propriedade rural e enviou Gabrielle, com doze, e as duas irmãs para a região inóspita de Corrèze, na França central. Lá, no orfanato do convento Aubazine, fundado no século XII por Étienne d’Aubazine, as irmãs Chanel fi caram sob a tutela de freiras.
Anos   depois,  pensando   nos   anos   humildes   no   convento, Chanel recordou: “Desde a infância, tive certeza de que haviam tirado tudo de mim, que tinha morrido. Soube disso aos doze anos. Pode-se morrer mais de uma vez na vida”.
Nenhum de seus biógrafos refletiu sobre o que teria sentido a menina Chanel em relação à vida no convento. Ela nunca falou sobre o período que passou com as freiras, nem sobre os longos anos de disciplina católica — o trabalho duro, a vida frugal. Na época, a doutrina e a teologia católicas davam ênfase ao pecado, à penitência e à salvação. Também sabemos que, na virada do século XX, instituições católicas como Aubazine doutrinavam os jovens a odiar os judeus. Chanel não era exceção. Era dada a frequentes acessos de antissemitismo. Marcel Haedrich, conhecido escritor francês e editor-chefe da revista de moda Marie Claire, relata uma conversa que teve com Chanel sobre seu livroEt Moïse créa Dieu [E Moisés criou Deus]. Ela lhe perguntou: “Por que Moisés? Você não acredita que essas velhas histórias ainda têm algum interesse, não é? Ou acha que os judeus vão gostar de sua história? Eles não vão comprar o livro!”. Quando a conversa migrou às novas butiques  de moda que se multiplicavam como cogumelos em Paris, Chanel disse: “Só tenho medo dos judeus e dos chineses, e mais dos judeus que dos chineses”. Haedrich comentou: “O antissemitismo de Chanel não era apenas verbal; mas veemente, antiquado e muitas vezes embaraçoso. Como todas as crianças de sua época, ela aprendeu o catecismo: os judeus não haviam crucificado Jesus?”.
Durante séculos, a doutrina cristã sustentou que os judeus tinham sido os assassinos de Cristo. Desde a Idade Média, os europeus pregavam que “os judeus trazem azar” e proibiam que eles ingressassem nas corporações e profissões liberais. Os judeus estavam banidos na Inglaterra na época de Shakespeare, considerados socialmente inferiores, aptos apenas para arrecadar impostos — não o tipo de trabalho que lhes traria a simpatia de famílias camponesas como os Chanel. Mais tarde, os nazistas e mesmo muitos europeus menos fanáticos acreditavam fervorosamente numa conspiração judaico-bolchevista, culpando os judeus pela invenção do comunismo.
Aos dezoito anos, Chanel se mudou para um pensionato feminino católico em Moulins. Naquele período, os franceses ainda discutiam o caso Dreyfus, escândalo que dividiu a França por quase dez anos. A saga se iniciou em 1894, com a prisão, julgamento e condenação por alta traição, com provas falsas, do capitão Alfred Dreyfus, um jovem oficial da artilharia francesa de origem alsácio-judaica. Condenado, Dreyfus foi desterrado para uma colônia penal na ilha do Diabo, na Guiana Francesa; mais tarde, passou por novo julgamento e finalmente foi absolvido em 1906. Reintegrado ao Exército francês com a patente de major, Dreyfus combateu honrosamente na Primeira Guerra Mundial, aposentando-se como tenente-coronel em 1919.
O caso Dreyfus pôs a nu as paixões antissemitas da época e a influência decisiva da Igreja católica e de seus aliados monarquistas e nacionalistas. Na adolescência de Chanel no convento e, depois, na comunidade católica em Moulins, “o antissemitismo estava em plena efervescência”. La Croix, jornal católico assuncionista de grande circulação, “atacava ferozmente os judeus”. Um típico porta-voz da posição da Igreja era o padre jesuíta Du Lac, guia espiritual do jornalista Édouard Drumont, autor de La France Juive [A França judaica]. Drumont cunhou o lema “A França para os franceses” — que ainda hoje ressoa na política francesa, em especial nas campanhas de Jean-Marie le Pen e sua filha Marine, agora líder do poderoso partido de extrema direita, Front National.
Chanel não teria como escapar à campanha de propaganda da Igreja católica contra o oficial judeu Dreyfus. Mais tarde, o medo e o ódio que alimentava pelos judeus se tornaram notórios e muito constrangedores — mesmo para os que abraçavam uma forma mais branda de antissemitismo.
Aos vinte anos, Chanel começou a trabalhar como costureira e, nas horas vagas, cantava num bar frequentado basicamente por oficiais da cavalaria. Lá ela se tornou “Coco”, nome extraído de uma cançoneta de seu repertório, ou talvez diminutivo de cocotte, termo francês para uma mulher sustentada por amantes.
Foram seus olhos negros ardentes, o corpo admirável, a beleza e a magreza quase infantis que acabaram cativando o coração de um rico ex-oficial, Étienne Balsan. Chanel pôs de lado agulhas, linhas, a coqueteria dos bares e a perspectiva de uma vida insípida. Aos 23 anos tornou-se amante de Balsan, morando nos três anos seguintes em seu castelo e haras em Compiègne, a 75 quilômetros de Paris. Na densa floresta de Compiègne, entre pântanos e charnecas, várzeas e lagoas, Chanel, o amante e seus amigos iam à caça nos cavalos do haras de Balsan, em trilhas antes usadas pelos reis da França.
Balsan, filho de uma rica família de industriais têxteis que forneciam uniformes ao Exército francês, providenciou que Chanel adquirisse sólida formação hípica — montando de lado e de frente — e lhe ensinou a administrar o haras. As fotos de Chanel a cavalo mostram seu porte altivo; numa, em especial, ela monta um belo baio de caça, com quepe e tranças, conduzindo-se com orgulho e segurança. Seu gosto por cavalos e seus dotes hípicos lhe seriam muito úteis anos depois, ao caçar com Hugh Grosvenor, duque de Westminster, conhecido como Bendor, e seus amigos, entre eles Winston Churchill e seu filho Randolph.

14.9.11

Velha é a mãe e o vigésimo aniversário do Nevermind


Dia nublado, eu meio deprê e gente por aí me chamando velha... Velha eu? Imagina... O álbum que marcou minha adolescência e foi um dos grandes marcos da música só vai fazer 20 anos... Bobagem!
Lembro de um post de alguns anos atrás que fiz quando Thriler fez 25 anos... E o aniversário nem me tocou, afinal ainda era uma criança quando MJ laçou Thriller.

Eis que no começo deste mês começaram os burburinhos sobre os 20 anos que Nevermind completa dia 24 deste mês.
Tá de brincadeira.... Até parece, humpf! Outro dia mesmo eu me lembro quando o comprei. Minha primeira viagem para a gringa em 1992, outro dia...

Pois eh... passaram-se 20 anos mesmo! Nem consigo acreditar.. Quem me conhece desde essa época (gente já tenho amigos com mais de 20 anos de amizade.. realmente to ficando velha) sabe que este álbum marcou. E marcou uma geração, isso não foi um privilégio concedido apenas à minha pessoa. Nevermind foi um marco no cenário musical, o Nirvana foi a primeira banda que saiu do underground, da pequena Aberdeen e ganhou o mundo com números estratosféricos de álbuns vendidos e status perto apenas dos Beatles, inclusive sendo considerado o melhor álbum da história do rock, atrás apenas do Revolver dos Beatles.

Quem ouve aqueles poucos acordes hoje em dia sem ter acompanhado o que realmente foi esse fenômeno pode achar apenas que é uma levada bem bacana que da vontade de pular, mas o fato é que quem sabe sabe, não vou ficar aqui falando o que muita gente vai falar nos próximos dias... E preparem-se, pois do jeito que o mundo virtual anda hoje em dia, vai ser uma enxurrada de informações sobre o Nervermind.

Mas vou falar algumas coisas sobre o Nirvana que talvez (muito provavelmente) você não saiba:


  • Eu quase tatuei o nome da banda dentro da boca, mas o tatuador me mandou embora pois só tinha 14 anos.
  • Eu tinha no meu quarto um poster, enquadrado (sim, mandei enquadrar o poster que carreguei por muito tempo pelo Canadá), de mais de 2 metros, com o rosto insano do Kurt Cobain, com a foto abaixo, com a frase I hate myself and I want to die. E nem imagino que a minha mãe pensava sobre isso...

  • Eu tinha uma pasta, ou melhor várias pastas, com recortes de revista sobre a banda e dei fim nela só agora quando me mudei de pais.
  • Nevermind, junto com Use Your Illusion II e Erótica foram os 3 primeiros cds que comprei na vida, e comprei na emblemática Virgin de Ny que já não existe mais. Hoje em dia isso faz ainda mais sentido...
  • Quando o Nirvana tocou no Hollywood Rock em 93, eu fiquei divididíssima e não sei porque acabei indo assistir no outro dia o Chilli Peppers e vi o show ao vivo na Globo (era bom essa época) o Kurt batendo punheta para a câmera e cuspindo, caindo de tão chapado com os comentários da minha mãe descrente de que este era o show que eu estava puta por perder. Hilário pensando bem... Mas tava puta na época por estar perdendo todo aquele show a parte. Mas todos disseram que foi péssimo porque ele mal parava em pé.
  • Chorei horrores, como uma adolescente abandonada pelo seu ídolo, quando ele morreu. Fiquei acabada. Lembro bem do dia quando ouvi no plantão da Globo.
  • Era meio retardada e comprava tudo o que fosse raridade da banda. E nesta minha limpeza de coisas para me mudar de país doei toda a minha coleção com muitos álbuns numerados e a coletânea Heart Shaped Box para um grande amigo... Amava esta caixa.
  • Minha faixa preferida era In Bloom, mas também amava Territorial Pissings, as duas abaixo...




  • E, para terminar com minhas confissões em homenagem ao Nevermind e seus vinte aninhos, pintava o meu cabelo desta cor e usava calça rasgada e camisa de flanela xadrez jurando que ficava parecida com o Kurt.

E, aproveitando o momento nostalgia, vai também mais uma da lendária apresentação da banda no Saturday Night live


Body and Soul


O dueto divino e espetacular entre Tony Bennett e Amy Winehouse caiu hoje na rede em comemoração aos 28 anos da cantora que seriam completados hoje...



Ainda não me conformo por perdermos tanto talento... So sad...

12.9.11

Improv Everywhere

*por Heloisa A. Collins

Uma das coisas que me fascinam eh a criatividade. Charlie Todd me surpreende sempre com sua criatividade que tomou forma - e acao - com o projeto Improv Everywhere.
Charlie eh um artista que queria fazer algo diferente com um orcamento pequeno. Sem dinheiro para pagar um palco ou teatro, ele resolveu usar algo de graca: as ruas de Nova York.
Improv Everywhere se trata de um grupo de pessoas - no qual voce tambem pode participar - que organiza acoes expontaneas pela cidade. Acoes divertidissimas que deixam as pessoas surpresas e sorrindo! Existe arte melhor que essa?

Corrida de cavalos no carrossel no meio no Bryant Park, pessoas sem calcas no metro, auto falante no meio de uma praca com uma placa : "Fale algo legal". Um dos ultimos projetos involtem muitoas pessoas aqui em NY, que apertaram "PLAY" no seu mp3 player e seguiram as instrucoes do audio. Todos juntos. Fenomenal. Assista abaixo, eh emocionante:



Agora assista Charlie Todd explicando mais sobre o que ele faz e a exibicao de 3 improves super engracados que rolaram aqui na cidade:






Super, super, super fun!

11.9.11

O KamaSutra da Benetton


Para o lançamento da coleção de outono inverno 2011 a Benetton lançou a exposição Lana Sutra em parceria com o artista cubano Erik Ravelo. Uma série de esculturas e instalações inspirada na ode ao amor e ao prazer do Kamasutra e traduzida nas principais características da marca: lã e cor. Achei divino, com o perdão do trocadilho.
















10.9.11

Thought of the day

via Terry Richardson´s Diary

Angry Little Girls

* por Heloisa A. Collins



Todos nos temos aqueles dias de furia, nos quais nao queremos papo com ninguem.
Para esses dias, recorra ao super divertido "Angry Little Girls".




Lela Lee, a criadora dos produtos, desenhou a primeira menininha nervosinha durante os primeiros anos de faculdade me sentia vergonha de mostrar para as pessoas a japonesinha irritada com o mundo que ela criou. Os desenhos ficaram na gaveta por anos quando ela resolver levar a serio, criar episodios e mandar para review de editores e revistas. SUCESSO!


A linha Angry Little Girls eh composta de varias menininhas e alguns meninos, que obviamente sofrem a furia das garotinhas estressadas. Lela Lee oferece bolsas, cartoes, camisetas, canecas, revistas...e o melhor: um joguinho online para voce dar socos no seu namorado. Ufa. Se sente melhor agora?
Eu acho a linha toda bem divertida apesar da braveza das meninas! :)

9.9.11

Os Espiões



"Formei-me em Letras e na bebida busco esquecer"

É com esta frase que Veríssimo abre seu último romance. Mais conhecido por seus textos de humor, crônicas e contos que escreve, eu particularmente gosto demais quando o autor se arrisca nos romances, na maioria das vezes encomendados por editoras, o que não é o caso com Os Espiões.

Em primeira pessoa, na pele de um editor boêmio, sonhador e frustrado com a sua carreira de escritor, com uma vida enfadonha, mergulhado numa rotina infindável que busca na bebida algum tipo de libertação, até com hora e data marcadas, que Veríssimo desenrola uma história cativante e totalmente envolvente.

O tal editor da vida sem graça, desconta todas as suas angústias em cartas mal educadas e grosserias aos pseudo autores que chegam a sua mesa querendo ser publicados em plena segunda feira.
Entretanto, tentando se curar de uma ressaca, um envelope branco chega a sua mesa não só como uma promessa de livro a ser publicado com um a história pra lá de interessante. O tal envelope chega a sua mesa como um pedido de ajuda de uma possível suicida, com uma história fantástica e principalmente como uma ajuda ao próprio editor que usa tudo isto para escapar da sua vida entediante.

Tamanha é a mediocridade de sua vida que o personagem se vê totalmente envolvido pela autora provável suicida que pede ajuda sem pedir. Ou pelo menos é o que ele acredita. Junto com seus amigos de bar e inspirado por seu autor preferido, John le Carré, seguindo o mesmo ritmo de romance policial, cheio de intrigas, o editor se aprofunda cada vez mais na história de Ariadne, a autora suicida, buscando semelhança no mito grego onde a Ariadne original ajuda Teseu a sair do labirinto do minotauro estendendo um fio de esperança que salvará a todos.

Veríssimo pega este fio, assim como o personagem principal, e trança uma bela trama de suspense, envolvendo mitos gregos, muitas referências literárias e um clima de espionagem, quase cômico, pontuado sempre pela busca de aventura para o editor achar um sentido para a sua vida, junto com seus amigos que têm a vida tão ou mais sem sentido como a dele.

Um livro excelente, muito bem estruturado, onde nada escapa da teia de Veríssimo, arquitetado com primor e com um toque de humor negro e culto que captura a todos.

O que amarei se não for o enigma?
Giorgio De Chirico

8.9.11

Outro Plano e Além



Dia 13 de setembro, mais conhecido com a próxima terça feira, na Galeria Choque Cultural, começa a exposição do artista plástico Carlos Dias.
E expo está dividida em duas salas e cada uma delas é a continuidade de trabalhos anteriores. Plano e Além.

Na primeira Sala, Outro Branco, ele segue com o trabalho da exposição anterior Além. Numa sala branca, diversas telas em tamanhos bem variados se misturam com desenhos em diversas superfícies, formando camadas e interagindo uma com a outra.  "A serie de médios formato, foi toda pintada "ao mesmo tempo'' na parede, todas esticadas, ou seja cada tela tem um pouco da outra, e provavelmente todas as cores passaram por todas."
Carlinhos brinca com diversas técnicas e diversas superfícies, deixando fluir bem seu trabalho sem se prender técnicas ou coisas do tipo afirmando a sua linha multidisciplinar.



E na segunda sala, Plano Preto, ele dá continuidade a um trabalho que já publiquei aqui no blog Plano realizado no começo deste ano, durante uma viagem de carro de Porto Alegre a Buenos Aires, com a participação de outros dois amigos: "Matheus Walter e Virginia Simone, artistas do coletivo Avalanche de Porto Alegre, dupla com quem produzi diversas coisas nos últimos anos. Entre vídeos, vídeo clipes, muitas musicas e trilhas ,Walter & Reys'' entre outras coisas."
A sala Plano Preto será escura e contará com instalações, desenhos montados em backlights, fotos, pinturas e exibições dos vídeos da Plano. Além de vídeo clipes de músicas e algumas projeções. Todo o material coletado e  ou produzido durante esta viagem.

Com ambas as salas e diversas mídias de apresentação do seu trabalho, Carlos Dias confirma a sua pluralidade e multi disciplinaridade, características que cada vez mais aparecem no seu trabalho que tem como base a pintura e os desenhos. Ou seja, música, fotos, vídeos, instalações e muito mais é o que se pode esperar desta expo de um dos mais talentosos artistas do cenário atual.

Troca de Desenhos

E, falando em desenho, dia 19 em Campinas acontece outra troca de desenhos, outro projeto bacana do artista que trago mais informações para vocês posteriormente. Nesta troca, ele literalmente troca um desenho dele por um seu.



''As pinceladas muitas vezes chegam quase mostrar o relevo completo de um suposto quadro que quase aconteceu mas acabou dando oportunidade a outros desenhos e formas, supondo um ciclo, uma estação,dilúvios, fins do mundo da tv, viajantes do tempo sensações pessoais, mitologias, cálculos, simbologias imaginarias, inconsciente coletivo, teses e mais teses, confusão mental, relacionamentos, e a vida atual , pelo menos desse prisma.Alguma provável relação a estar mais ligado aos ciclos, as rondas. Personagens etéreos, amorfos, formas pensamento, realidades prováveis, simultâneas. Duvidas,desenho cego, desenho com as duas mãos, pintura e desenho de todas as horas do dia, telefones desligados, mensagens não respondidas, carta eremita. Hora dos trabalhos tomarem forma. Fim de ciclo, aeroporto, povo, aoseualcance"
Carlos Dias sobre ele mesmo.



Abaixo o quinto vídeo da plano que ainda não havia publicado. Os demais você pode ver aqui.




E para ouvir um pouco do seu trabalho:

Walter e reys by albertinhodosreys

Abissalzinho by albertinhodosreys


A Galeria Choque Cultural fica na Rua João Moura, 997 e a expo vai de 13 de setembro a 15 de outubro.

Para mais:
Tumblr Ao Seu Alcance
Site Ao Seu Alcance
You Tube Ao Seu Alcance

O furacão que passou por aqui

O Irene passou já a quase duas semanas, mas nunca é tarde demais para mostrar um bom trabalho mesmo que o assunto já tenha passado.
Enquanto todos corriam, se escondiam e buscavam abrigo, dois jovens com suas câmeras registraram estas belas imagens em Manhatan. E o resultado é este abaixo:



Irene NYC from Buffalo Picture House on Vimeo.

REDE CULTURA

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