12.1.11

Alem da Vida


3 pessoas, 3 historias, inicialmente sem nada em comum a não ser a morte. Cada um e "tocado" pela morte de uma maneira diferente e cada um deles segue sua vida.
Clint, com mais uma direção muito bem feita (não a melhor da sua carreira, mas mesmo assim muito boa), com aquele ritmo tão característico dele e claro, com uma trilha tocante, conta as três historias ao longo do filme sempre seguindo a mesma ordem e com uma leve mudança de luz entre uma historia e outra que delicadamente te transporta para a situação seguinte.
Clint fala sobre morte com 3 enfoques, mas com uma mesma visão. Não se aprofunda no espiritismo e nem e esta sua intenção, sem pretensões quanto a isto. Seu foco são os que ficaram, estas 3 pessoas que sofreram, sofrem e sentiram de alguma forma a morte por perto e o que fizeram de suas vidas depois destas experiências.
Matt Damon está impecável, dirigido bem ao estilo de Eastwood. O filme consegue ser profundo, mesmo sem entrar nos méritos específicos do espiritismo ou da vida alem da vida.
E um filme sobre a morte, em torno da morte, mas que na verdade não passa de um filme sobre a vida e o que fazemos com ela e como a levamos, mesmo com o fantasma da morte que de uma forma ou de outra nos cerca. Afinal para morrer, basta estar vivo. A religião nem se quer e mencionada e todo o foco esta realmente nas ligações que vão se formando.
As historias inicialmente bem distintas, sem relações nenhuma, inclusive geograficamente (o filme se passa em Londres, Paris e São Francisco) obviamente se entrelaçam no final de maneira totalmente natural e sem nenhuma forçassão de barra.
Primeiro somos introduzidos a cada uma das historias, cada um dos 3 personagens, suas vidas e seus dramas, e por fim, de forma extremamente coesa ambos se encontram e percebemos do que se trata o filme.
Voce não vai chorar, se emocionar sim, mas sem muitos dramas. O filme e sensível como o diretor tem se mostrado ser depois que "deixou" de ser cowboy para dirigir grandes filmes sempre com uma sensibilidade exorbitante.
E, não bastasse todo o talento de Clint na direção, a trilha novamente de sua autoria e marcante, agradável e dita o ritmo do filme, assim como em Gran Torino (seu filme anterior que vale o ingresso).
A direção de fotografia de Tom Sterm, parceiro de longa data do diretor merece uma atenção especial. Linda e totalmente condizente com a trama e ajuda na ambientação de cada personagem como eu disse anteriormente, mudando as nuances de cor.

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